terça-feira, 30 de setembro de 2008

Sem ti...










Sem poder dizer que não estou nisto para sempre
Nos vaivéns vividos, perceberás que disperso estou
Não quero insistir nesta ainda sentença de inquietação
Vou fechar os olhos e não pensar em quem eu sou

Estou contigo para além do meu sim
Não sou de partir sem ficar admirar o que trás.
Sou como sempre fui na combinação do nosso ser
Contigo vou para não impingir o nosso fim

Vou por onde os outros chamam a rua dos naufragados
Eles não sabem que se tornou indelével
Imorredoiro é o silêncio incurável
Caminhando vou para junto dos amargados

Perco ou ganho, vivo ou morro, falcaço ou emano?
Nem no crepúsculo da noite termina a aflição que é minha,
O preocupante é hoje por nunca mais ser o amanha
Aquilino a tua forma de estar sem o sol quotidiano…

Perdido ficarei neste triste pensamento
Não teimas na insistência do nosso sentimento
Apenas queres ser a tua pessoa num só tempo
Não repartes comigo este triste lamento

Só me sinto neste teu jeito de ser…
Deverei deixar-te por não saber o que querer?
Ou a eternidade me mostrará que para ti fui feito
Mas não nesta vida…pois esta é um defeito

Aquela que reina e ocupa o outro assento
Assim vai ser, enfeitiçando-me contra o vento
Não sei que mais te posso dizer…
Saudades do ontem, quando não te tinha por intento…