quinta-feira, 31 de julho de 2008

Por tudo o que sei...


Por tudo que sei, sei que não te vou ter

Desentendimentos tidos, enraizados no perdão

Areia passageira que o vento não quer conter

Aumento o meu retiro, que não vou em vão


Na saída inevitável, sozinho, procuro a tua figura

Acabo a noite no fim do dia, sabendo que és tu o meu aperto

Perdido no tempo, pois é o amor que me tortura

Viajo pelo teu nome na procura de um ser perfeito


No teu olhar me dizes, que outro vento sopra

O meu pensamento do teu esvoaçara

O botequim da manhã tornou-se numa brandura

Já deixou de ser o retiro da minha bravura.


Deitados com o olhar preso de ambos ao som da essência

O silêncio perturbador deu para demorar o presente

Não alcanço, não quero entender o evidente

Não quero mais permanecer sumido na tua ausência


Na beleza do teu rosto que pelas ondas do mar vejo

Vais procurar respostas onde o passageiro termina

Sei que a tua não ida no meu jorro é a minha sina

Expressarás com um sorriso, do qual eu me invejo


Não sabes que o amor, é sempre com perdão

Na afeição errantes por namoros não demoramos

Calmo o mar fluía que nos picos das ondas fui feliz

Na reflexão do troco, questionas:”Não, não se diz?”


Mas sei que tu e eu, nas ondas que escumam os pés,

Sós ficamos com o pensamento naquele momento.

Será que nos entendemos nas areias das marés?

Onde vou eu, se não quero ir nesse tormento?


Será este o fado dos perdidos nas ondas do mar?

Será a melhor forma de te ter pelo lacrimejar?

Ou serei eu que não alcanço o visível daquilo que vejo

Somos dois sem sentido e…sem desejo


Vai pela onda que te trás de volta.

Vai por onde a calma do pôr-do-sol te leva!

Vais para longe do meu olhar…

Que o meu pendor não vai aguentar


Ainda sou, quem nunca fui para ti

Naquele súbito dia de clamor meu

Antes de te dizer quem sou eu

Já tu te tinhas dito, quem era eu…

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