Por tudo que sei, sei que não te vou ter
Desentendimentos tidos, enraizados no perdão
Areia passageira que o vento não quer conter
Aumento o meu retiro, que não vou em vão
Na saída inevitável, sozinho, procuro a tua figura
Acabo a noite no fim do dia, sabendo que és tu o meu aperto
Perdido no tempo, pois é o amor que me tortura
Viajo pelo teu nome na procura de um ser perfeito
No teu olhar me dizes, que outro vento sopra
O meu pensamento do teu esvoaçara
O botequim da manhã tornou-se numa brandura
Já deixou de ser o retiro da minha bravura.
Deitados com o olhar preso de ambos ao som da essência
O silêncio perturbador deu para demorar o presente
Não alcanço, não quero entender o evidente
Não quero mais permanecer sumido na tua ausência
Na beleza do teu rosto que pelas ondas do mar vejo
Vais procurar respostas onde o passageiro termina
Sei que a tua não ida no meu jorro é a minha sina
Expressarás com um sorriso, do qual eu me invejo
Não sabes que o amor, é sempre com perdão
Na afeição errantes por namoros não demoramos
Calmo o mar fluía que nos picos das ondas fui feliz
Na reflexão do troco, questionas:”Não, não se diz?”
Mas sei que tu e eu, nas ondas que escumam os pés,
Sós ficamos com o pensamento naquele momento.
Será que nos entendemos nas areias das marés?
Onde vou eu, se não quero ir nesse tormento?
Será este o fado dos perdidos nas ondas do mar?
Será a melhor forma de te ter pelo lacrimejar?
Ou serei eu que não alcanço o visível daquilo que vejo
Somos dois sem sentido e…sem desejo
Vai pela onda que te trás de volta.
Vai por onde a calma do pôr-do-sol te leva!
Vais para longe do meu olhar…
Que o meu pendor não vai aguentar
Ainda sou, quem nunca fui para ti
Naquele súbito dia de clamor meu
Antes de te dizer quem sou eu
Já tu te tinhas dito, quem era eu…
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