Dia após dia vejo te distante
Nem sei o que concluis nem o que imaginas
Serás faustosa ou magoada.
Como és, sem a minha presença?
Como será o teu diário?
Encantas-te com os pássaros da oportunidade?
Ou lacrimejas quando o mar cessa à beira-mar?
Como és, afastada da minha pessoa?
No oceano que flutua o imensidão do mar da vida
Algures te encontras, sem insígnia alçada
O temporal que dissipou sinais desta existência que se vive
Recuso que no teu contentamento, cresça a minha nostalgia.
Desta ampliada distância que a saudade enche
Eras ou serás um tacto constante do meu dia-a-dia?
Leste pensamentos mais profundos que iam para além da tua raia?
Ficaste perdida ou bem acarinhada?
Distante, vejo-te aquém daquilo que atingirias ser
E os trilhos que pisas neste retiro faustoso?
Longínquo vai o pensamento que por onde percorres deixas a tua marca
Saudade do tempo que eras uma evidente desconhecida
Noticias que me invadem são memórias perdidas
Como és, tu sem mim?
Saudade de nada, tenho eu
Feliz era sem ti
Sei que estas “longe”
Amiga que agora descobri
Na noitada que os outros vivem na mágoa que camufla a saudade
Perdidos em incertezas sufocantes de afecto
Eu aclamo heroicamente o teu nome,
Pois sei que te vejo a escutá-lo, longe da discórdia do vento
Na felicidade que todos queremos, em ti vejo o amor
Das conversas nunca tidas, e da rapidez dos cruzamentos tidos
Será nesses instantes que sou feliz por pensar em ti
Ou me engano no teu conto lustroso que me apazigua o clamor?
Único sou e sem amedronto nenhum
Repartir contigo me complementa
Na raridade do tempo que nos cruzamos pergunto eu
Vais no refúgio da mensagem dizer aquilo que eu não entendo?
Apenas sei que me fascinas nessa misteriosa maneira de ser
Vamo-nos encontrando então…
Para que nos encontros diremos prosas simples
Pois é na tua naturalidade que vejo o amor…
1 comentário:
muito belo!
bjs.
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