sexta-feira, 1 de agosto de 2008

partes para longe do meu eu....










Dia após dia vejo te distante

Nem sei o que concluis nem o que imaginas

Serás faustosa ou magoada.

Como és, sem a minha presença?


Como será o teu diário?

Encantas-te com os pássaros da oportunidade?

Ou lacrimejas quando o mar cessa à beira-mar?

Como és, afastada da minha pessoa?


No oceano que flutua o imensidão do mar da vida

Algures te encontras, sem insígnia alçada

O temporal que dissipou sinais desta existência que se vive

Recuso que no teu contentamento, cresça a minha nostalgia.


Desta ampliada distância que a saudade enche

Eras ou serás um tacto constante do meu dia-a-dia?

Leste pensamentos mais profundos que iam para além da tua raia?

Ficaste perdida ou bem acarinhada?

Distante, vejo-te aquém daquilo que atingirias ser


E os trilhos que pisas neste retiro faustoso?

Longínquo vai o pensamento que por onde percorres deixas a tua marca

Saudade do tempo que eras uma evidente desconhecida

Noticias que me invadem são memórias perdidas

Como és, tu sem mim?


Saudade de nada, tenho eu

Feliz era sem ti

Sei que estas “longe”

Amiga que agora descobri


Na noitada que os outros vivem na mágoa que camufla a saudade

Perdidos em incertezas sufocantes de afecto

Eu aclamo heroicamente o teu nome,

Pois sei que te vejo a escutá-lo, longe da discórdia do vento


Na felicidade que todos queremos, em ti vejo o amor

Das conversas nunca tidas, e da rapidez dos cruzamentos tidos

Será nesses instantes que sou feliz por pensar em ti

Ou me engano no teu conto lustroso que me apazigua o clamor?


Único sou e sem amedronto nenhum

Repartir contigo me complementa

Na raridade do tempo que nos cruzamos pergunto eu

Vais no refúgio da mensagem dizer aquilo que eu não entendo?


Apenas sei que me fascinas nessa misteriosa maneira de ser

Vamo-nos encontrando então…

Para que nos encontros diremos prosas simples

Pois é na tua naturalidade que vejo o amor…