segunda-feira, 4 de agosto de 2008

momento









Se edificamos um momento sublime, é porque acreditamos que este poder-se-á repetir mais que uma vez?

Ou simplesmente vivemos o que aquele momento nos abonou?

Se for harmónico o momento vivido, porque não repeti-lo?

Mas por ser um ensejo, este já não pode ser revivido?


Se o amor é um instante onde tudo brota de novo, onde finda o que começou?

Se o amor é um sinal de ida, haverá sempre um ponto de vinda?

Haverá um momento onde o amor partirá para o longínquo do olhar apaixonado, que subsistia no momento de ida?

Ou ausentamo-nos com ele, para onde ele for, na ânsia de vive-lo incessantemente?

Não sendo imortal, o amor, porque é vivido como tal?


O amor do momento belo jamais existe, a não ser na ilusão de um sonho profundo.

Onde construímos o nosso momento, exemplar para uns, inacabado para outros…

Mas que vivemos momentos felizes, vivemos! Nem que seja num sonho que não passa de um momento…

Acreditar no amor, é viver momentos, que não duram mais que um momento!


Se em ti vejo o amor…porque não sou eu feliz?

Qual é o momento que nos falta?

Qual é a resposta do amor?

A felicidade que não nos marcou? Ou aquela que teima em não cessar?


O momento que nos marcou…nos momenta eternamente

A felicidade de que findou? Será certo que outrora fomos auspiciosos?

Ou sonhamos voos que da realidade desligou?

Sem nunca ter saído do momento de ida…


Que amor é este, que não tem resposta…mesmo quando a pergunta nos deixa a pensar?

Qual é o amor que persiste ao tempo, ao momento, à idade?

Aquele que repete momentos de felicidade?

Ou aquele que pela porta sai, surdo como infinito, que nos teimamos em rememorar?


Cabe a cada momento escolher o seu momento!

Só ele sabe quando é digno de ser um instante.

Esperemos sempre que seja harmonioso

Para que na sua vivência, este o seja sempre luminoso

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