Se edificamos um momento sublime, é porque acreditamos que este poder-se-á repetir mais que uma vez?
Ou simplesmente vivemos o que aquele momento nos abonou?
Se for harmónico o momento vivido, porque não repeti-lo?
Mas por ser um ensejo, este já não pode ser revivido?
Se o amor é um instante onde tudo brota de novo, onde finda o que começou?
Se o amor é um sinal de ida, haverá sempre um ponto de vinda?
Haverá um momento onde o amor partirá para o longínquo do olhar apaixonado, que subsistia no momento de ida?
Ou ausentamo-nos com ele, para onde ele for, na ânsia de vive-lo incessantemente?
Não sendo imortal, o amor, porque é vivido como tal?
O amor do momento belo jamais existe, a não ser na ilusão de um sonho profundo.
Onde construímos o nosso momento, exemplar para uns, inacabado para outros…
Mas que vivemos momentos felizes, vivemos! Nem que seja num sonho que não passa de um momento…
Acreditar no amor, é viver momentos, que não duram mais que um momento!
Se em ti vejo o amor…porque não sou eu feliz?
Qual é o momento que nos falta?
Qual é a resposta do amor?
A felicidade que não nos marcou? Ou aquela que teima em não cessar?
O momento que nos marcou…nos momenta eternamente
A felicidade de que findou? Será certo que outrora fomos auspiciosos?
Ou sonhamos voos que da realidade desligou?
Sem nunca ter saído do momento de ida…
Que amor é este, que não tem resposta…mesmo quando a pergunta nos deixa a pensar?
Qual é o amor que persiste ao tempo, ao momento, à idade?
Aquele que repete momentos de felicidade?
Ou aquele que pela porta sai, surdo como infinito, que nos teimamos em rememorar?
Cabe a cada momento escolher o seu momento!
Só ele sabe quando é digno de ser um instante.
Esperemos sempre que seja harmonioso
Para que na sua vivência, este o seja sempre luminoso
Sem comentários:
Enviar um comentário